Palavra pastoral

Estourando a bolha
Muitas vezes Deus usa uma espécie de agulha para estourar a nossa bolha quando ela começa a se inflar. Sim, porque em muitos casos nos sentimos muito seguros, ou, mais sábios do que realmente somos; em outros casos, achamos que somos melhores do que somos, ou, quem sabe até, melhores do que os outros. Ou seja, inflamos o nosso ego de tal forma que, à semelhança de uma bolha, ele precisa ser estourado.
Assim, em determinados momentos, Deus permite que pessoas se aproximem de nós e nos coloquem no nosso devido lugar. Isto pode ocorrer de várias formas, mas, sempre, com um objetivo: nos humilhar. E quando falo em “humilhação”, não estou querendo dizer que Deus quer nos rebaixar à nada, ou que quer que sejamos considerados como escória. O que quero dizer é que o objetivo de Deus, em permitir que “agulhas” furem nossa bolha é o de nos tornar humildes. Nos fazer refletir no fato de que vivemos para servir e não para ser servidos.
Gosto de um lema adotado por uma igreja no Estado de São Paulo, na qual os líderes são meus amigos: “só serve quem serve; quem não serve, não serve!”. Essa é a realidade dos que entendem o porquê de Deus os ter criado: servir!
É claro que nem sempre as “pessoas-agulhas” agem com esse objetivo. O que elas querem, muitas vezes, é nos reduzir à condição de “nada”. Em muitos casos, inclusive, elas têm prazer nisso. No entanto, precisamos estar atentos aos objetivos de Deus, e não, ao das “agulhas”. Mesmo sem saber — ou sem querer — elas são instrumentos nas mãos de Deus para nos fazer mais humanos, menos egoístas e mais cristãos.
A Bíblia ensina que é necessário que o Senhor Jesus cresça e que nós diminuamos (João 3.30). Isto, no entanto, é impossível sem que deixemos de lado o orgulho, e a prepotência. É dizer: sem permitirmos que o Senhor estoure a nossa bolha.
Portanto, deixemo-nos estourar pelo Senhor. Não permitamos que o orgulho infle o nosso ego ao ponto de não podermos ouvir ao Senhor, assim como de não servi-lo.
Que o Senhor tenha misericórdia de nós. Que Ele envie mais agulhas para nos estourar.
Seja abençoado(a).
Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito